Título: Legacy
of Kain: Soul Reaver
Gênero:
Adventure
Plataforma:
Playstation, Dreamcast, PC (Windows)
Desenvolvedora: Crystal Dynamics - Eidos.
A saga continua e dessa vez estamos 1500 anos após Kain ter
destruido os pilares de Nosgoth e se tornado o mais poderoso vampiro. Somos apresentados
a um novo e não menos importante protagonista,
chamado Raziel, criado por Kain para ser o segundo no comando do império construído.
Porém, graças a um infortúnio do destino (será mesmo?), Raziel é jogado nas
profundezas de um lago para queimar eternamente. Mas ele volta sedento de
vingança e acaba sendo parte de uma das maiores e mais complexas sagas da
história do videogame. Soul Reaver mudou totalmente o conceito inicial do
primeiro jogo da saga Legacy of Kain, adotando o estilo adventure 3D e é
considerado até hoje como um dos principais marcos desse estilo na história do
PSX, especialmente por causa da sua jogabilidade e fluidez nos movimentos de
Raziel.
História do jogo:
A história de Soul Reaver começa 1500 anos após o término de Blood Omen, no qual Kain, o último suporte dos pilares, escolheu
sobreviver e com isso, governar uma Nosgoth corrompida, já que não possuía mais
os pilares para manter o seu equilíbrio. A cena inicial mostra Kain sentado em
um trono construído justamente na sala dos pilares, quando seu general, Raziel,
se apresenta e mostra que sofreu uma uma evolução, claramente deixando Kain
perturbado. Raziel desenvolveu asas, semelhantes à asas de morcego, e graças a
isso, despertou a inveja profunda de Kain, que após apreciá-las, as arranca e
condena seu segundo no comando por traição. Logo após, comanda aos seus
oficiais que joguem o ferido Raziel no lago mais profundo de Nosgoth, para que
ele fique eternamente queimando, já que vampiros são vulneráveis à agua.
Raziel é
arremessado no abismo e permanece submerso por 500 anos, queimando e sofrendo
uma punição que sequer sabe a razão ao certo. Porém, é retirado desse
sofrimento por uma entidade chamada “elder god”, que possui o controle da “Wheel
of Fate” (em português, Roda do Destino), incubindo Raziel de aniquilar Kain e
com isso restaurar o equilíbrio dos pilares, outroras esquecidos. Motivado por
sua sede de vingança, Raziel aceita a missão e retorna ao mundo como um
espectro, que agora ao invés de beber sangue, consome espíritos de pessoas ou
seres já mortos, sendo chamado de Soul
Reaver. Começa assim a história do segundo, porém não menos importante
protagonista da saga Legacy of Kain. Raziel é apresentado a uma Nosgoth
destruída, no qual seus “irmãos” foram corrompidos por Kain e sua missão agora
é simplesmente destruir todos os seres que algum dia chamou de família. Porém,
durante sua missão, ele irá desvendar terríveis verdades envolvendo sua origem
e existência.
Impressões e minha experiência:
Confesso que a sensação de jogar
Soul Reaver pela 3ª vez me deixou um pouco frustrado. Joguei no ano do seu
lançamento, em 1999 e depois joguei também no Dreamcast, que por sinal possui a
melhor versão, na minha opinião. De qualquer forma, dessa vez joguei no meu
ps3, com a versão do psx, que confesso me arrependi um pouco, pois poderia ter
jogado no pc e aproveitado mais a experiência.
Embora o jogo seja um marco na
história do PSX, já que na época foi um dos poucos jogos de aventura/exploração
em 3d que possuia um personagem com uma movimentação fluída e uma ótima
jogabilidade, hoje em dia é apenas um esboço do que os jogos viriam a ser. O
gráfico 3D do PSX não envelheceu bem no geral, e certos jogos acabam possuindo
um aspecto muito “feio”, se olharmos com a visão atual. Os gráficos de Soul
Reaver são muito fracos, e mesmo na época eram considerados até “simplórios”
demais, pois como era um jogo grande em termos de cenário, exigia bastante do
hardware limitado do PSX. Essa foi minha
primeira impressão quando comecei a jogar, e olha que sou um cara que suporta
gráficos antigos na boa.
Porém não vamos jogar apenas pedras
no pobre jogo, pois com certeza ele inaugurou uma era e uma saga que se tornou
uma das mais famosas e complexas no mundo dos games. Se o jogo peca no quesito
gráfico, ganha muito no quesito história, que por sinal é contada com bastante
riqueza de detalhes, mostrando o embate constante entre Raziel e seu algoz,
Kain, e entre seus “irmãos”. Nessa jogada entendi perfeitamente os diálogos, e
pude perceber como o jogo se relaciona com seu antecessor, Blood Omen. Dentre
os principais fatos que acontecem no jogo, destaco o diálogo entre Raziel e
Kain nos pilares, que dá início à saga da Soul Reaver. É muito interessante ver
que Kain não consegue destruir Raziel utilizando sua espada lendária (fato
explicado durante Soul Reaver 2) e como
Raziel passa a ter uma simbiose com essa arma. Outro ponto muito interessante
foi Raziel descobrindo sua origem como Seraphan, nos túmulos da fortaleza, e
observar que apenas um caixão não está lá, que é o de MALEK (Alguém lembra dele
no PSX ? Hein hein?). Ele e seus irmãos eram todos Seraphans antes de serem
transformados, e pra quem não conhece a história, os Seraphans são inimigos
mortais dos vampiros. A aparição de Ariel também é interessante. Aliás, ela
aparece em quase todos os jogos, mas não resolve muita coisa.
Como disse anteriormente, Soul
Reaver me frustrou um pouco dessa vez, e embora tenha entendido a história de
forma muito melhor, não me senti satisfeito jogando-o. Além dos gráficos, achei
a jogabilidade muito, mas muito ruim, talvez pior que de Blood Omen. Como é um
jogo 3d, e na época ainda não se pensava muito no controle da visão, a rotação
da câmera era feita com os botões R2 e L2, ou seja, um verdadeiro inferno para
saber o que estava acontecendo. As quedas de frame também atrapalham bastante,
e o combate é ruim, mas muito ruim. Acho que a questão do combate é um ponto
fraco em todos os games praticamente (Não joguei o Blood Omen 2 nem o Defiance
ainda). Esses problemas me fizeram simplesmente terminar o jogo, sequer
procurando itens secretos e barras de energia a mais, até porque os chefes são
ridículos de fáceis. Tirando esses defeitos, o jogo possui uma dublagem
excelente, com atuações convincentes, além da trilha sonora espetacular, dando
destaque para a música da fase do Dumah (escute aqui)
Se você estiver com vontade de se
aprofundar mais na saga, sugiro que jogue a versão de pc, que é BEM melhor que
a original de PSX. Se eu não fosse tão masoquista, a teria jogado. De qualquer
forma, é um jogo “obrigatório” para que se comece a jogar Soul Reaver 2 e
entender o desfecho (ou não) da história de Raziel. Em breve farei uma análise
sobre (já terminei, só preciso escrever).
Abraços a todos!
Algumas imagens do jogo:
Soul Reaver: screenshots |
esse jogo foi um marco para todos os amantes do psx, passei horas e horas jogando uma pena sou reaver 2 ser fraco hahaha
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